NOS RECANTOS DA PRAÇA

Estive ontem com O’Pessoal do Tarará na Praça Santa Luzia para prestigiar o SEXTA CULTURAL promovida pela Secretaria de Cultura e Turismo, de forma sensata desmarcamos a programação do CARNAUBAIS NA ROTA DAS ARTES com o objetivo de conhecer os novos talentos da cidade, evitar comparações e até insinuações absurdas, coisas da fofocagem local. Está na cidade neste momento para mim é uma grande alegria e a realização de um grande desejo. Agradeço aos meus amigos do Tarará por terem apostados nessa idéia, e quero deixar bem claro que este projeto tem várias razões de existir, lhes garanto que todas são movidas pela satisfação de contribuir de alguma forma com o avanço cultural da cidade. Nosso país está passando por transformações econômicas significativas, se culturalmente não acompanharmos esse ritmo estaremos sendo levados apenas para o caminho desenfreado do consumismo; os livros, a boa música, os concertos, a pintura, o cinema, o teatro, as danças e a nossa diversidade popular não estarão no cardápio do nosso povo. Como disse o poeta precisamos cantar a nossa aldeia, e é isso também, quero cantar a minha terra junto aos meus parceiros e talentos do nosso chão palmeiral. A hipocrisia não faz parte da minha índole e tenho a humildade para reconhecer as coisas que continuam sendo feitas, não importa a forma e as condições, fazer vale mais do que não fazer nada, ficar nas esquinas nas filosofias infindas é bem mesmo trabalhoso. Tenho dito por onde ando que na minha cidade no vale do Açu realiza-se uma mostra mensal de arte na praça, méritos para quem realiza e se faz presente. Neste instante reluto em fazer a minha parte com distinção e independência. Compreendo que isso causa inquietação naqueles que acreditam que o cidadão não tem liberdade e força de ação, o exemplo servirá também para os jovens artistas, estamos num outro Brasil, os editais de cultura que o digam. Diminuindo um pouco o salto e baixando um pouquinho a bola, isso é fato, precisamos fazer melhor o que já fazemos. Promover a cultura não é tarefa fácil, o fato de existir a ação já é um grande começo, não podemos ficar só nisso. A arte não pode ser vista apenas por sua bela beleza estética, mas a humanização que ela proporciona.

Zelito Coringa